Parcela inicial de quase 950 documentos judiciais de Epstein divulgada


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Os documentos incluem nomes de dezenas de homens poderosos que se associaram ao financista e traficante sexual Jeffrey Epstein.

Manifestantes do lado de fora de um tribunal em Nova York, onde Jeffrey Epstein enfrentava acusações de tráfico sexual em 2019. Eles seguram cartazes mostrando seu rosto
Jeffrey Epstein morreu por suicídio enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual [File: Shannon Stapleton/Reuters]

Os nomes de dezenas de homens proeminentes com supostas ligações com o traficante sexual Jeffrey Epstein foram divulgados publicamente depois que os arquivos judiciais que faziam parte de um caso de 2015 movido por um dos principais acusadores de Epstein foram abertos.

Os depoimentos e declarações faziam parte de um caso de difamação há muito resolvido movido por Virginia Giuffre contra Ghislaine Maxwell, uma socialite britânica que já foi namorada de Epstein.

Maxwell foi presa por 20 anos em 2022 por crimes sexuais que cometeu com Epstein, que morreu por suicídio na prisão em 2019 enquanto aguardava julgamento por acusações de tráfico sexual.

A juíza de Nova York, Loretta Preska, decidiu no mês passado que os documentos poderiam ser abertos, dizendo que não havia justificativa legal para mantê-los privados.

A primeira parcela de documentos – com quase 950 páginas – começou a ser divulgada na quarta-feira à noite e consistia em grande parte em material já público revelado ao longo de quase duas décadas de notícias de jornais, documentários televisivos, entrevistas, processos judiciais e livros sobre o escândalo Epstein. Espera-se que mais artigos sejam abertos ou não editados nos próximos dias.

Dezenas de mulheres acusaram Epstein de forçá-las a prestar serviços sexuais a ele e a seus convidados em sua ilha particular no Caribe e nas casas que ele possuía em Nova York, Flórida e Novo México.

Os registros forneceram um lembrete de como Epstein conviveu com figuras famosas e poderosas, incluindo banqueiros, membros da realeza e celebridades. Os documentos mais recentes incluem referências a homens, incluindo os ex-presidentes dos Estados Unidos Bill Clinton e Donald Trump, o príncipe britânico Andrew, o bilionário Tom Pritzker e o advogado Alan Dershowitz.

O aparecimento dos nomes nos documentos judiciais não é prova de irregularidade e não indica que os homens enfrentem acusações.

Muitos já negaram as alegações feitas ou tiveram conhecimento das atividades de Epstein, que se declarou culpado de solicitar prostituição a um menor em 2008.

O príncipe Andrew foi destituído da maioria de seus títulos reais devido à sua associação com Epstein e resolveu um processo civil com Giuffre no ano passado por uma quantia não revelada.

Maxwell, filha do magnata da mídia britânico Robert Maxwell, está apelando de sua condenação.

Giuffre acusou Maxwell de recrutá-la quando ela era menor de idade para abuso de Epstein.

Preska, que supervisiona o caso, decidiu que alguns nomes permaneceriam confidenciais, incluindo os de pessoas que eram crianças quando Epstein abusou delas.


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