A FSB acusa a Apple de trabalhar em estreita colaboração com as agências de inteligência dos EUA após divulgar uma suposta ‘ação de inteligência’.
A Rússia acusou as agências de inteligência dos Estados Unidos de hackear milhares de iPhones pertencentes a usuários russos e diplomatas estrangeiros no país.
O Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) disse na quinta-feira que descobriu uma “ação de inteligência” que comprometeu os telefones de russos, bem como de diplomatas de Israel, Síria, China e membros da OTAN.
O FSB, sucessor do serviço de espionagem KGB da era soviética, disse que a Apple trabalhou em estreita colaboração com agências de espionagem dos EUA, incluindo a Agência de Segurança Nacional (NSA), mas não forneceu evidências para sua alegação.
Em um comunicado, a Apple não comentou se os iPhones na Rússia foram hackeados, mas negou ter trabalhado com as autoridades para comprometer seus dispositivos.
“Nunca trabalhamos com nenhum governo para inserir um backdoor em nenhum produto da Apple e nunca trabalharemos”, disse a gigante da tecnologia com sede na Califórnia.
A NSA não respondeu imediatamente a um pedido de comentário.
Separadamente, o executivo-chefe da empresa de segurança cibernética Kaspersky Lab disse que dezenas de funcionários seniores foram vítimas de um “ataque cibernético direcionado profissional e extremamente complexo”.
Em uma postagem no blog, Eugene Kaspersky disse que o ataque foi realizado usando um iMessage invisível com um anexo malicioso que explorou vulnerabilidades no sistema operacional iOS.
“Estamos confiantes de que a Kaspersky não foi o alvo principal desse ataque cibernético. Os próximos dias trarão mais clareza e mais detalhes sobre a proliferação mundial desse spyware”, disse Kaspersky.
A Kaspersky, com sede em Moscou, mas com escritórios em mais de 30 países, não atribuiu o ataque a um país ou agente em particular.
A suposta campanha de espionagem cibernética ocorre quando as relações entre a Rússia e os EUA são as mais tensas em décadas devido à guerra de Moscou na Ucrânia.
No mês passado, o Departamento de Justiça dos EUA disse que havia interrompido uma campanha de malware conduzida pelo FSB ao longo de duas décadas contra alvos em mais de 50 países.
Em março, o Kremlin disse às autoridades envolvidas na organização da eleição presidencial de 2024 na Rússia para não usar iPhones devido a preocupações de que os dispositivos pudessem ser vulneráveis à infiltração de agências de espionagem ocidentais, informou a mídia local.
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