PEQUIM [Reuters] – Os líderes do Japão e da Coréia do Sul se encontrarão com o presidente chinês Xi Jinping em Pequim na segunda-feira, em meio à crescente preocupação que a Coréia do Norte esteja prestes a voltar ao confronto com Washington.
O presidente sul-coreano Moon Jae-in e o primeiro-ministro japonês Shinzo Abe se encontrarão com Xi separadamente antes de ir para a cidade de Chengdu, no sudoeste, para uma reunião trilateral com o primeiro-ministro chinês Li Keqiang.
Embora várias questões econômicas também estejam na agenda – bem como as tensões entre Seul e Tóquio – a Coréia do Norte parece dominar a agenda.
O líder norte-coreano Kim Jong Un realizou uma reunião das principais autoridades militares para discutir o aumento da capacidade militar do país, informou a agência de notícias estatal no domingo.
A Coréia do Norte estabeleceu um prazo de final de ano para os Estados Unidos mudarem o que diz ser uma política de hostilidade em meio a um impasse nos esforços para progredir em sua promessa de encerrar o programa nuclear do Norte e estabelecer uma paz duradoura.
Kim e o presidente dos EUA, Donald Trump, se encontraram três vezes desde junho de 2018, mas não houve progresso substancial no diálogo enquanto o Norte exigia que as sanções internacionais esmagadoras fossem levantadas primeiro.
No sábado, a mídia estatal disse que os Estados Unidos "pagariam caro" por contestar o registro de direitos humanos do Norte e disse que as "palavras maliciosas" de Washington apenas agravariam as tensões na península coreana.
O enviado especial dos EUA para a Coréia do Norte Stephen Biegun se encontrou com dois diplomatas chineses durante sua visita de dois dias a Pequim na semana passada, após reunião semelhante na Coréia do Sul e no Japão dias antes, enquanto diplomatas fazem tentativas de última hora para impedir novos confrontos.
Pequim, juntamente com a Rússia, propôs na semana passada que o Conselho de Segurança das Nações Unidas levante algumas sanções no que chama de tentativa de romper o impasse atual e procurar obter apoio.
Mas não está claro se Pequim pode convencer Seul e Tóquio a romper com Washington, o que deixou clara sua oposição e pode vetar qualquer resolução.
Embora a Coréia do Sul veja a China como fundamental para reavivar as negociações, até agora evitou perguntas sobre se apoia a nova proposta de Pequim e Moscou. O Japão, que historicamente tem sido um firme defensor das sanções contra a Coréia do Norte, também se absteve de comentar a proposta.
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