VARSÓVIA – O chefe da comissão eleitoral da Polônia disse no domingo que o presidente do parlamento tinha 14 dias para declarar a data de uma nova eleição presidencial no lugar de uma votação no domingo que, embora nunca tenha sido oficialmente cancelada, não ocorreu devido ao coronavírus.
A declaração pareceu traçar um limite em um tumultuado debate nas últimas semanas, quando deveria ser realizada a votação que semeou divisão dentro da aliança governante e levou a oposição a acusar o governo de negligenciar a saúde pública.
O governo nacionalista de Direito e Justiça (PiS) insistiu que as eleições acontecessem conforme o planejado, mas foi forçado a admitir na semana passada que não poderia organizá-las durante a pandemia.
"Nas … eleições agendadas para 10 de maio de 2020, não havia possibilidade de votar nos candidatos", afirmou a comissão eleitoral em comunicado.
Seu chefe, Sylwester Marciniak, disse à emissora privada TVN24 que esperava uma nova eleição dentro de 60 dias após o anúncio do presidente do parlamento de uma nova data. Isso significaria uma votação no final de julho, o mais tardar.
No sábado, havia muita especulação na mídia polonesa de que o PiS tentaria avançar com uma votação em 23 de maio, recusando um acordo com o parceiro júnior da coalizão Accord, que pedia que a votação fosse adiada por uma quantia mais substancial de tempo.
O atual presidente Andrzej Duda, um aliado do PiS, está bem à frente nas pesquisas de opinião, mas o partido temia que as consequências econômicas da pandemia de coronavírus pudessem prejudicar sua popularidade e prejudicar suas chances de reeleição se a votação fosse adiada.
Até domingo, a Polônia havia registrado 15.996 casos do coronavírus e 800 mortes.
(Esta história foi refilada para corrigir erro tipográfico no parágrafo 4 a 2020 a partir de 2010)
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