Pelo menos 17 prisioneiros mortos em tumulto na prisão venezuelana: militares


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Trabalhadores da saúde e membros da polícia nacional bolivariana aguardam a chegada de prisioneiros do lado de fora de um hospital depois que um tumulto eclodiu dentro de uma prisão em Guanare, Venezuela, em 1º de maio de 2020. REUTERS / Manuel Alvarado

CARACAS – Pelo menos 17 prisioneiros em uma prisão venezuelana foram mortos na sexta-feira enquanto tentavam escapar durante um tumulto, de acordo com um relatório militar visto pela Reuters e por um parlamentar da oposição na região.

O relatório da Guarda Nacional disse que soldados dispararam contra um grupo de prisioneiros armados enquanto tentavam sair da entrada principal da prisão de Los Llanos, no centro de Portuguesa. Um policial com um megafone negociou com os prisioneiros e eles concordaram em se retirar.

O relatório diz que os militares presumiram que havia mais mortes dentro da prisão, e a deputada Maria Martinez disse à Reuters que mais de 40 pessoas morreram.

Martinez, que vive na capital do estado de Guanare, nas proximidades, disse que o tumulto resultou das autoridades prisionais proibindo os parentes dos presos de lhes trazer comida, como é habitual nas prisões venezuelanas.

A ministra das prisões da Venezuela, Iris Varela, em entrevista a um jornal local, confirmou que houve um incidente na prisão e que o diretor da prisão foi baleado e ferido, mas ela não deu mais detalhes ou um número de mortos.

O Ministério da Informação não respondeu a uma solicitação para comentar.

Motins mortais são comuns nas prisões sem lei da Venezuela, onde os presos costumam usar abertamente armas. A Human Rights Watch, em um relatório deste ano, disse que as prisões do país são atormentadas por corrupção, segurança inadequada e superlotação.


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