SEUL – A Coréia do Norte atacou os Estados Unidos por questionar seu histórico de direitos humanos no sábado, dizendo que as "palavras maliciosas" de Washington apenas agravariam as tensões na Península Coreana, informou a agência de notícias estatal KCNA.
A declaração da KCNA, atribuída a um porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, alertou que se os Estados Unidos ousassem questionar o sistema de governo do Norte citando problemas de direitos humanos, "pagariam caro".
A Assembléia Geral das Nações Unidas condenou na quarta-feira as violações "de longa data e contínuas" dos direitos humanos em uma resolução anual patrocinada por dezenas de países, incluindo os Estados Unidos, que o enviado da ONU em Pyongyang rejeitou.
A declaração do Ministério das Relações Exteriores da Coréia do Norte é a primeira desde que o enviado especial dos EUA para a Coréia do Norte, Stephen Biegun, pediu publicamente Pyongyang na segunda-feira para voltar às negociações. Não houve resposta direta da Coréia do Norte ao pedido da Biegun.
O secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, disse na sexta-feira que continua esperançoso de que os Estados Unidos possam reiniciar a diplomacia com a Coréia do Norte, enquanto o relógio marca o prazo declarado para o fim do ano da Coréia do Norte para novas concessões dos EUA nas negociações sobre seu arsenal nuclear.
A Coréia do Norte pediu repetidamente que os Estados Unidos abandonassem sua "política hostil" antes de mais negociações.
Mas a tensão tem aumentado nas últimas semanas, à medida que Pyongyang realizou uma série de testes de armas e travou uma guerra de palavras com o presidente dos EUA, Donald Trump.
Alguns especialistas dizem que o estado recluso pode estar se preparando para um teste de míssil balístico intercontinental que poderia colocá-lo de volta em um caminho de confronto com os Estados Unidos.
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