MAIDUGURI / CAIRO – O Estado Islâmico divulgou um vídeo com o objetivo de mostrar seus militantes decapitando 10 cristãos na Nigéria, dizendo que fazia parte de uma campanha para vingar as mortes de seu líder Abu Bakr al-Baghdadi e seu porta-voz.
O grupo militante postou as imagens em seu canal de notícias on-line do Telegram na quinta-feira, um dia após o Natal, com legendas em árabe, mas sem áudio.
O vídeo mostrava homens de uniforme bege e máscaras pretas alinhados atrás de cativos de olhos vendados, decapitando dez deles e atirando em um 11º homem.
Um vídeo anterior visto pela Reuters dizia que os cativos haviam sido capturados em Maiduguri e Damaturu, no estado nordestino de Borno, na Nigéria, onde militantes lutam há anos para estabelecer um estado islâmico separado.
Nesse vídeo, os cativos pediram que a Associação Cristã da Nigéria e o Presidente Muhammadu Buhari os salvassem.
A Reuters não pôde verificar a autenticidade de nenhum dos vídeos.
Em uma série de comentários no Twitter, Buhari condenou os assassinatos.
"Esses agentes das trevas são inimigos de nossa humanidade comum e não poupam vítimas, sejam muçulmanos ou cristãos, e, portanto, não devemos deixá-los nos dividir e nos voltar um contra o outro", escreveu Buhari.
O Estado Islâmico na Província da África Ocidental (ISWAP) se separou do grupo militante Boko Haram em 2016 e se tornou o grupo jihadista dominante da região. Insurgentes islâmicos mataram cerca de 30.000 pessoas no norte da Nigéria na última década.
O líder do Estado Islâmico Baghdadi morreu durante um ataque militar dos EUA na Síria e Muhajir em uma operação militar separada, ambos no mesmo fim de semana no final de outubro.
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