Dois membros da UE vão impor restrições às pessoas não vacinadas, visto que a Europa enfrenta um aumento nas infecções por coronavírus.
A República Tcheca e a Eslováquia aumentaram as restrições às pessoas que não receberam injeções de COVID-19 em uma tentativa de fazer com que mais pessoas sejam vacinadas em meio ao aumento de infecções.
As medidas tomadas são semelhantes às da Áustria e partes da Alemanha contra a população não vacinada, visto que a Europa enfrenta um aumento no número de infecções.
O governo tcheco aprovou planos para permitir que apenas as pessoas que foram vacinadas ou se recuperaram do COVID-19 nos últimos seis meses entrem em restaurantes, participem de certos eventos e usem vários outros serviços a partir da próxima segunda-feira.
A Eslováquia deu um passo semelhante, no que o primeiro-ministro Eduard Heger chamou de “bloqueio para os não vacinados”.
A República Tcheca, um país de 10,7 milhões de habitantes, relatou um recorde de 22.585 casos na quarta-feira e 73 mortes, de acordo com a Universidade Johns Hopkins. No geral, registrou mais de 1,93 milhão de casos e mais de 31.000 mortes.
Ambos os governos também exigirão testes para COVID-19 nos locais de trabalho.
“O principal objetivo dessas medidas é a motivação para a vacinação”, disse o ministro da Saúde tcheco, Adam Vojtech.
O presidente tcheco, Andrej Babis, alertou que o país enfrenta uma situação “séria” à medida que os casos aumentam.
“Fico feliz que, após muitas negociações nos últimos dois dias, tenha havido um acordo entre especialistas e o governo”, escreveu ele no Twitter, acrescentando que eles foram inspirados a anunciar as restrições com base no estado da Baviera, na Alemanha.
A taxa de vacinação tcheca está abaixo da média da União Europeia, com cerca de 58% das pessoas inoculadas, de acordo com o Our World in Data.
Sistema de saúde sob pressão
O primeiro-ministro eslovaco disse que alguns dos hospitais do país já estão sobrecarregados.
A Eslováquia tem a terceira menor taxa de vacinação da UE, com 45% da população totalmente inoculada, e muitos hospitais eslovacos estão lotados, especialmente no leste.
Bianka Krejciova, porta-voz de Svet Zdravia, que administra 13 hospitais, disse que a situação nos hospitais do leste da Eslováquia é pior do que na onda anterior de infecções.
A Eslováquia, com uma população de 5,5 milhões, relatou 8.342 novos casos de vírus na terça-feira, superando o recorde anterior de 7.244 estabelecido na sexta-feira.
Ambos os países reduziram o atendimento não urgente e o exército tcheco enviou pessoal para ajudar, informou a agência de notícias AFP.
Cerca de 10.000 manifestantes se opuseram às restrições planejadas na capital tcheca, Praga, na quarta-feira, e alguns centros de vacinação enfrentaram ataques verbais.
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