CIDADE DO MÉXICO – Uma investigação do governo mexicano apurou um aliado influente do presidente de qualquer irregularidade na quinta-feira, depois que críticos alegaram que o chefe da concessionária estatal havia escondido um vasto portfólio imobiliário e conflitos de interesse.
O Ministério da Administração Pública (SFP) abriu a investigação sobre o chefe da Comissão Federal de Eletricidade (CFE), Manuel Bartlett, depois que relatos da mídia disseram que ele não havia divulgado completamente a extensão de sua riqueza em declarações oficiais ou seus laços com certas empresas, incluindo uma que oferece eletricidade. serviços e outro que ganhou um contrato sob o governo atual.
As alegações contra Bartlett, uma figura veterana e às vezes divisora da política mexicana, foram um embaraço para o presidente Andrés Manuel Lopez Obrador, que assumiu o cargo em dezembro passado, prometendo erradicar a corrupção.
Lopez Obrador, um esquerdista que escolheu Bartlett para seu cargo atual, disse que o chefe do CFE estava sob ataque de adversários quando as alegações surgiram em reportagens dos jornalistas mexicanos Areli Quintero e Carlos Loret de Mola.
Irma Sandoval, chefe do SFP, disse que Bartlett havia apresentado corretamente suas declarações de riqueza.
"Dos registros que coletamos … não se segue que Manuel Bartlett Diaz tenha tido algum tipo de conflito de interesses", disse ela a repórteres.
Sandoval disse que Bartlett não tinha envolvimento administrativo com as empresas sobre as quais ele havia sido interrogado e que não era obrigado a divulgar propriedades pertencentes a filhos ou parceiros que não eram dependentes, referindo-se às suas declarações.
O SFP agiu de forma independente no caso, ela acrescentou.
"Não há intocáveis", disse ela. "Estamos agindo e continuaremos agindo com a lei em nossas mãos".
Bartlett é bem conhecido no México por anunciar durante a eleição presidencial de 1988 que os computadores de contagem de votos haviam caído quando o principal candidato da oposição estava à frente.
Na época, Bartlett era ministro do Interior do Partido Revolucionário Institucional (PRI).
Quando os computadores voltaram a funcionar, o candidato do PRI havia vencido, acusando críticos de fraude.
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