Alemanha Uniper vai pagar gás russo via conta bancária na Rússia


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Isso oferece a alguns países uma brecha para continuar comprando gás russo em relação às moedas ocidentais.

Tubos são vistos no ponto de transmissão de gás em Rembelszczyzna, perto de Varsóvia, em 27 de abril de 2022.
Polônia e Bulgária estão agora recebendo gás de seus vizinhos da UE depois que a gigante estatal russa de energia Gazprom fechou as torneiras [Janek Sjarzynski/AFP]

A concessionária de energia alemã Uniper pagará pelo gás russo por meio de uma transferência para um banco russo e não mais para um banco com sede na Europa, de acordo com uma reportagem da mídia.

“O plano é fazer nossos pagamentos em euros para uma conta na Rússia”, informou o jornal Rheinische Post na quinta-feira, citando um porta-voz da Uniper.

Embora a Rússia tenha exigido pagamentos em rublos para seu fornecimento de gás, o sistema de pagamentos que propôs prevê o uso de contas no Gazprombank, que converteriam os pagamentos feitos em euros ou dólares em rublos.

Isso oferece a alguns países uma brecha para continuar comprando gás russo em relação às moedas ocidentais.

Com tantos membros da União Européia dependentes da energia russa, a Comissão Européia disse que os compradores de gás da UE podem se envolver com o esquema de pagamento da Rússia desde que certas condições sejam atendidas.

Na semana passada, a Comissão Europeia disse que se os compradores de gás russo confirmarem que o pagamento foi concluído depois de depositarem euros, e não mais tarde, quando os euros forem convertidos em rublos, isso não violará as sanções.

A Uniper disse que poderia pagar sem violações. A Áustria e a Hungria, entre outros, também indicaram que seguirão esse caminho.

De acordo com uma reportagem do Financial Times, a italiana Eni, outro grande cliente da Gazprom, está avaliando suas opções.

A empresa apoiada por Roma tem até o final de maio, quando seu próximo pagamento pelos suprimentos russos deve ser feito, para fazer uma chamada final, disseram autoridades italianas ao FT.

A gigante de energia russa Gazprom disse anteriormente que havia interrompido o fornecimento de gás para a Polônia e a Bulgária em sua resposta mais dura até agora às sanções ocidentais impostas contra Moscou após a invasão da Ucrânia.

Bulgária e Polônia, ex-satélites da era soviética que se juntaram à UE e à OTAN, são os dois únicos países europeus com contratos da Gazprom que expiram no final de 2022, o que significa que sua busca por alternativas estava em andamento.

Varsóvia tem sido um dos oponentes mais vocais do Kremlin durante a guerra.

A Bulgária há muito tem relações mais calorosas com a Rússia, mas o primeiro-ministro Kiril Petkov, que assumiu o cargo no ano passado, denunciou a invasão. Ele deveria ir a Kiev na quarta-feira para se encontrar com Zelenskyy.


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